sábado, 6 de junho de 2009

Uma Breve Fala Sobre o que Aflige - I

Há um tempo, que não me importa mais precisar, toda vez que me lanço uma pergunta honesta, vejo nela e atrás dela, a verdadeira, a pergunta das perguntas: o que fazer? Já não posso ignorar a frequência em que tem aparecido. Provavelmente, com a mesma dimensão numérica em que se acumulam as respostas. Tantas, e todas um desvio. Deveria haver uma apenas, mas não metafisicamente, como uma verdade que paira inacessível em essência, mas uma em que eu acreditasse tanto que logo se fizesse única na pureza de sua força. Minto ao dizer que não sei qual ela é em mim, como também me engano ao dizer que sei, pois ela ainda não me representa, ainda não permiti por todo que ela me representasse. Porém a conheço, a intuo. Quando pondero com mais seriedade, ela se sobressai. Só a rejeito porque ela guarda o perigo que o mundo instala, um perigo que me obriga a adaptá-la em inúmeras respostas. Penso às vezes, com positividade, serem somente variações da única, só que não, são outras e me levam a outro lugar. A resposta se quer bruta e se quer realizar como é, por isso me cobra mês a mês, em forma de qualquer pergunta. Como valer enfim a resposta que se tem é a angústia, o estar diante do perigo.